quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Sinais e Sintomas de Cancro da Mama

O cancro, assim como outras doenças, frequentemente, apresenta sintomas que devem ser observados. Por essa razão, pode-se dizer que, de certa forma, o diagnóstico começa com a observação de qualquer alteração no funcionamento geral do organismo.
O cancro da mama pode apresentar diversos sintomas:
- aparecimento de nódulo ou endurecimento da mama ou debaixo do braço.
- mudança no tamanho ou no formato da mama.
- alteração na coloração ou na sensibilidade da pele da mama ou da auréola.
- secreção contínua por um dos ductos.
- retracção da pele da mama ou do mamilo.
- inchaço significativo ou retracção da pele.

O cancro da mama, quando no início, pode ser tratado antes que se espalhe, quando as hipóteses de cura são maiores, os tratamentos menos agressivos e não mutilantes.

Portanto, ao sentir qualquer alteração em suas mamas, deve recorrer ao seu médico.

Como é feito o diagnóstico do Cancro da Mama
É fundamental que o diagnóstico do cancro da mama seja feito o mais precocemente possível, pois isto aumenta as hipóteses de cura, evita que o cancro se espalhe (metastize) para outras partes do corpo, favorecendo o prognóstico, a recuperação e a reabilitação.
Para um diagnóstico precoce do cancro da mama, é necessário que todas as mulheres:
- Façam um auto-exame das mamas mensalmente, após o período menstrual
- Vão ao médico especialista em patologia mamaria uma vez por ano
- Sejam integradas em programas de rastreio

O exame clínico da mama pode confirmar ou esclarecer o seu auto-exame, e o médico especialista em mamas é a pessoa mais indicada para isso.

Como é feito o diagnóstico clínico do cancro da mama
Para fazer o diagnóstico, o médico submeterá a mulher a um cuidadoso exame clínico e fará algumas perguntas sobre a história familiar.

Palpação
Palpando a mama com as mãos, o médico poderá sentir a presença de um nódulo. Neste caso, ele poderá solicitar alguns exames, tais como:

Mamografia
É o principal exame das mamas, realizado através de raios X específico para examinar as mamas. Como é muito preciso, permite ao médico saber o tamanho, localização e as características de um nódulo com apenas alguns milímetros, quando ainda não poderia ser sentido na palpação.
Faça uma mamografia de rotina sempre que solicitada pelo seu médico.

Ultrassonografia (ecografia)
Complementa a mamografia e informa se o nódulo é sólido ou contém líquido (cisto).

Citologia aspirativa
Por meio de uma agulha fina e de uma seringa, o médico aspira certa quantidade de líquido ou uma pequena porção do tecido do nódulo para exame microscópico.
Esta técnica esclarecerá se trata de um cisto (preenchido por fluido), que não é cancro, ou de un nódulo sólido, que pode ou não corresponder a um cancro.

Biópsia
É o procedimento (cirúrgico ou não) para colher uma amostra do nódulo suspeito. O tecido retirado é examinado ao microscópio pelo patologista. Este procedimento permite confirmar se estamos perante um cancro da mama.

Receptores hormonais (estrógeno e progesterona)
São testes de laboratório solicitados pelo médico, caso o cancro seja diagnosticado durante a biópsia. Estes testes revelam se as hormonas podem ou não estimular o crescimento do cancro.
Com esta informação, o médico pode decidir se é ou não aconselhável a indicação de um tratamento à base de hormonas. Esses testes são feitos no tumor e a amostra é colhida durante a biópsia.
Caso a biópsia detecte um tumor maligno, outros testes laboratoriais serão feitos no tecido para que se obtenha mais dados a respeito das características do tumor.
Também serão solicitados exames (raio X, exames de sangue, ecografia, cintilograma ósseo, provas de função hepática etc.) para verificar se o cancro está presente em outros órgãos do corpo.
Todos os testes e exames solicitados pelo médico têm como objectivo avaliar a extensão e o estádio da doença no organismo.
O sistema de estadiamento do cancro da mama leva em conta o tamanho do tumor, o envolvimento de gânglios linfáticos da axila próxima à mama e a presença ou não de metástases a distância.

O cancro da mama é classificado em estádios:

Estádio 0:
Corresponde ao Carcinoma ductal in Situ
Estádio I:
Quando o tumor tem até 2cm, sem qualquer evidência de se ter espalhado pelos gânglios linfáticos próximos.
Estádio II:
Inclui tumores de até 5cm, mas com envolvimento de gânglios linfáticos ou então, um tumor primário com mais de 5cm, sem metástases.
Estádio III:
Quando o tumor tem mais de 5cm e há envolvimento dos gânglios linfáticos da axila do lado da mama afetada.
Estádio IV:
Quando existem metástases distantes, como no fígado, ossos, pulmão, pele ou outras partes do corpo.
Uma vez identificado o estádio, é possível ao médico planear o tratamento mais adequado.

Tratamentos utilizados no combate ao cancro da mama
O cancro da mama tem boas opções de tratamento. A escolha depende de:
- do estádio da doença.
- do tipo do tumor.
- do estado geral de saúde da paciente.

O especialista em patologia mamaria é a pessoa mais indicada para avaliar e escolher o tratamento mais adequado a cada caso.
O cancro da mama pode ser tratado por meio de cirurgia, radioterapia, quimioterapia, ou terapia hormonal. Dependendo das necessidades de cada paciente, o médico poderá optar por um ou pela combinação de dois ou mais tratamentos.

Cirurgia - é o tratamento inicial mais comum e o principal tratamento local. O tumor da mama será removido, assim como os gânglios linfáticos da axila (esses gânglios filtram a linfa que flui da mama para outras partes do corpo e é através deles que o cancro pode alastrar-se).
Existem vários tipos de cirurgia para o cancro da mama, e eles são indicados de acordo com a fase evolutiva do tumor.

Tipos de Cirurgia

Os diferentes tipos de cirurgia usados no tratamento de cancro da mama são:

Tumorectomia - é a cirurgia que remove apenas o tumor. Em seguida, aplica-se a terapia por radiação. Às vezes, os gânglios linfáticos das axilas são retirados como medida preventiva. É aplicada em tumores mínimos.

Quadrantectomia - (tratamento que conserva a mama) é a cirurgia que retira o tumor, uma parte do tecido normal que o envolve e o tecido que recobre o peito abaixo do tumor.

A radioterapia é aplicada após a cirurgia. É indicada no estádio I e II. Deve-se associar a correção plástica das mamas, para evitar assimetrias e cicatrizes desnecessárias.

Mastectomia simples ou total
É a cirurgia que remove apenas a mama.
Às vezes, no entanto, os gânglios linfáticos mais próximos também são removidos.
É aplicada em casos de tumor difuso. Pode-se manter a pele da mama, que auxiliará muito a reconstrução plástica.

Mastectomia radical modificada
É a cirurgia que retira a mama, os gânglios linfáticos das axilas e o tecido que reveste os músculos peitorais.

Mastectomia radical
É a cirurgia que retira a mama, os músculos do peito, todos os gânglios linfáticos da axila, alguma gordura em excesso e pele.
Este tipo de cirurgia é raramente realizado; é aplicado em tumores maiores, no estádio III.

Radioterapia - utiliza raios de alta energia que têm a capacidade de destruir as células cancerosas e impedir que elas se multipliquem. Da mesma forma que a cirurgia, a radioterapia é um tratamento local. A radiação pode ser externa ou interna.

Quimioterapia - é a utilização de drogas que agem na destruição das células malignas. Pode ser aplicada através de injecções intramusculares ou endovenosas ou por via oral.

Hormonoterapia - tem como finalidade impedir que as células malignas continuem a receber a hormona que estimula o seu crescimento.
Esse tratamento pode incluir o uso de drogas, que modificam a forma de actuar das hormonas, ou cirurgia, que remove os ovários - órgãos responsáveis pela produção dessas hormonas.
Da mesma maneira que a quimioterapia, a terapia hormonal actua nas células do corpo todo.

Reabilitação - vem auxiliar os métodos de tratamento para que a paciente tenha melhor qualidade de vida. É feita através da cirurgia plástica de reconstrução e dos serviços médicos de apoio (fisioterapia, psicologia etc.)

A importância do período de recuperação
O período de recuperação das doentes em tratamento é muito importante e varia de acordo com as características individuais, a extensão da doença e o tratamento recebido.
A prática de exercícios físicos após a cirurgia ajuda a restabelecer os movimentos e a recuperar a força no braço e no ombro. Auxilia, também, na diminuição da dor e da rigidez nas costas e no pescoço.
Os exercícios são cuidadosamente programados e devem ser iniciados logo que o médico permita, o que costuma ocorrer um ou dois dias após a operação. Inicialmente, os exercícios são suaves e podem ser feitos na cama.
Gradativamente, passam a ser mais activos e devem ser incorporados na rotina diária.
Após a mastectomia, o uso do soutien com prótese é aconselhável. A cirurgia plástica de reconstrução pode ser realizada imediata ou posteriormente. O seu médico auxiliará as doentes nessa decisão.

O que é o Cancro da Mama

O organismo humano é constituído por triliões de células que se reproduzem pelo processo de divisão celular. Em condições normais, este é um processo ordenado e controlado, responsável pela formação, crescimento e regeneração de tecidos saudáveis do corpo.
Algumas vezes, no entanto, as células perdem a capacidade de limitar e comandar o seu próprio crescimento passando, então, a dividir-se e multiplicar-se muito rapidamente e de maneira aleatória.
Como consequência dessa disfunção celular, isto é, desse processo de multiplicação e crescimento desordenado das células, ocorre um desequilíbrio na formação dos tecidos do corpo, no referido local, formando o que se conhece como tumor.
O cancro da mama, muitas vezes, apresenta-se como uma massa dura e irregular que, quando palpada, se diferencia do resto da mama, pela sua consistência.

Estrutura normal das mamas - Cancro da Mama

As mamas são os órgãos responsáveis pela produção de leite. A mama feminina é formada por múltiplos lóbulos (unidades produtoras de leite), ductos (canais que ligam os lóbulos ao mamilo) e estroma (tecido adiposo e conjuntivo que rodeia e suporta os ductos, lóbulos, vasos e linfáticos).
Os músculos peitorais que recobrem as costelas e que se situam abaixo da mama não fazem parte dela. Nas mulheres, as mamas podem ter tamanhos, formas e consistências variadas e, durante a vida, mudam em função da idade, ciclo menstrual, gravidez, menopausa, uso de pílulas anticoncepcionais ou por factores hormonais.

Cancro da Mama

O Cancro da Mama é um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido mamário. Um tumor maligno consiste num grupo de células alteradas (neoplásicas) que pode invadir os tecidos vizinhos e disseminar-se (metastizar) para outros órgãos do corpo. É mais frequente nas mulheres mas pode atingir também os homens.